*ADUSB
Conforme decisão da assembleia da Adusb do dia 4 de agosto, o Movimento Docente assinou o termo de acordo com o governo para o fim da greve na UESB (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) nessa quinta-feira (6). Foram 85 dias de duros embates com o governo Rui Costa (PT) que conquistaram o respeito aos direitos trabalhistas, a revogação da lei 7176/97 e o cumprimento integral do orçamento 2015 para as Universidades Estaduais da Bahia. Mesmo com as vitórias significativas da greve, inclusive em âmbito nacional, a luta por mais verbas para as Universidades, implantação do orçamento participativo na UESB e permanência estudantil continua. Uma agenda de atividades foi aprovada pela categoria, que permanece mobilizada.
Em um momento de fortes ataques à classe trabalhadora, como a intensificação do processo de terceirização, restrições a benefícios previdenciários, criação das medidas provisórias 664 e 665, os professores das Universidades Estaduais não recuaram. Para a presidente da ADUSB, Márcia Lemos, “o movimento paredista cumpriu dois importantes objetivos, demonstrou a força da greve como instrumento de luta da classe trabalhadora e revelou para a comunidade universitária os grupos reacionários que defendem a manutenção da autoritária 7176/97, criada a partir dos parâmetros da ditadura militar, o descompromisso da reitoria com a implantação do orçamento participativo e o projeto de desmonte das universidades estaduais, viabilizado pelo Governo do PT na Bahia”.
Os docentes se manterão mobilizados e vigilantes para que o projeto de lei que revoga a 7176/97 e o PL que altera o quadro de vagas sejam aprovados pela Assembleia Legislativa conforme acordado. O Movimento também acompanhará a construção e votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) para reivindicar 7% da receita líquida de impostos para as Instituições. No entanto, a categoria entende que a luta por mais recursos para a Universidade só faz sentido se sua utilização for discutida e deliberada democraticamente por toda comunidade acadêmica. Os docentes permanecerão articulados com o Movimento Estudantil pelo aumento do orçamento para as Universidades, criação de uma política de permanência estudantil adequada e pela implantação do orçamento participativo na UESB ainda em 2015. A agenda de atividades proposta pelo Comando de Greve Ampliado, com aulas e atos públicos, será mantida.
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