Ascom/Embasa
Durante visita à obra de ampliação do sistema de esgotamento sanitário (SES) de Vitória da Conquista nesta quinta-feira, dia 18, o governador Jaques Wagner afirmou que, com a entrega da primeira fase, a cidade terá cobertura duas vezes maior que a média nacional, elevando o município para o patamar dos melhores índices de tratamento no país. Para contemplar toda a cidade, o Governo do Estado já está preparando a segunda etapa, com solicitação de mais R$ 23 milhões junto ao PAC 2 para as obras que deverão ser iniciadas em 2013.
Acompanhado do presidente da Embasa, Abelardo de Oliveira Filho, e de secretários de Estado, o governador conheceu a estrutura da nova Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e aproveitou para anunciar que já foi iniciado o dialogo com a administração municipal buscando dar outro destino adequado a área da atual ETE após o pleno funcionamento do novo sistema previsto para ocorrer até dezembro. “O povo de Vitória da Conquista e a prefeitura vão dizer o que fazer naquela área. O certo é que nós vamos limpar completamente o pinicão e devolver as nascentes que lá estão e vocês vão dizer mau-cheiro nunca mais, porque vocês têm um dos sistemas mais modernos”, declarou.
O governador Jaques Wagner também falou da importância da obra para a população: “Saneamento significa saúde pública, pois melhora a condição de saúde da cidade, significa preservação do meio-ambiente porque estamos preservando nossos lençóis freáticos, nossos rios e o mar, no caso das cidades a beira-mar, e isso coloca Vitória da Conquista num patamar que atrai novos investimentos”.
Com aplicação total de recursos de R$142 milhões, a obra é a maior da Bahia com a utilização desta tecnologia e está entre as maiores do Nordeste. São sete novas estações elevatórias interligadas a sete novas subestações de energia elétrica, 300 km de rede coletora somados aos 350 km já existentes, 15 km de interceptores (rede de diâmetro maior), oito quilômetros de linha de recalque, além de 120 km de ramais prediais e uma estação de tratamento. Já a nova ETE foi construída numa área de 19 hectares e está equipada por oito digestores anaeróbios de fluxo ascendentes (dafa), dois tanques de aeração, quatro decantadores, dois adensadores de lodo, uma centrífuga, uma elevatória de lodo e uma elevatória de efluente de lodo ativo.
O esgoto da antiga estação será redirecionado, por meio de cinco quilômetros de tubulação, até a nova ETE, que terá capacidade para tratar 533 litros por segundo pelo método de lodo ativado, processo mais eficiente na eliminação da carga orgânica e dos odores. O efluente final, após tratamento com cloro, ficará dentro dos parâmetros de qualidade determinados pela legislação ambiental em vigor e será descartado no rio Verruga.
Outra novidade possibilitada pelo sistema será o aproveitamento dos resíduos e efluentes em vários aspectos. Ao destacar os impactos ambientais da obra, o presidente da Embasa, Abelardo Oliveira, garantiu que toda a carga orgânica poderá ser aproveitada “enquanto o efluente poderá ser utilizado na agricultura, o lodo poderá servir de adubo e o gás metano gerado pelo sistema poderá ser aplicado para a geração de energia através de biogás que servirá para alimentar o sistema elétrico da ETE”.
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