quinta-feira, 14 de março de 2013

Policiais vão receber até R$ 9 mil por redução de mortes violentas


Correio da Bahia
policia_Até R$ 9 mil no bolso para quem ajudar a reduzir o número de mortes violentas na área em que atua. Esse é o valor máximo possível do Prêmio por Desempenho Policial 2013 (PDP), lançado nesta terça feira (12) pela Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP).
Segundo o secretário Maurício Barbosa, serão premiados os policiais das Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisp) que atingirem a meta de redução de 6% de crimes contra a vida. A previsão é que o PDP seja pago em abril do ano que vem, após o comparativo dos índices deste ano com os de 2012.
Entre os critérios utilizados para o pagamento da gratificação está a participação do servidor na redução dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs): homicídio doloso, latrocínio e lesão corporal seguida de morte.
Segundo o secretário, o benefício contemplará os servidores ativos lotados na SSP, polícias Militar e Civil e no Departamento de Polícia Técnica (DPT). O PDP pode chegar a R$ 4 mil, para delegados, oficiais da PM, peritos e analistas técnicos, e a R$ 2,8 mil, para investigadores, escrivães, praças e peritos técnicos, além de técnicos e auxiliares administrativos.

Mas, o valor da premiação pode mais que dobrar caso a meta de todo o estado seja superada. Se a taxa de CVLI for de 16,15 morte por cada 100 mil habitantes, o servidor terá um acréscimo em cima do valor do PDP. Nesse caso, a Aisp na primeira colocação terá um adicional de 125% sobre os R$ 4 mil, chegando a um total de R$ 9 mil.
“Estamos trazendo da iniciativa privada um estímulo para os servidores. Essa medida visa também integrar ainda mais as polícias. Temos que
fazer parcerias”, declarou o secretário.

Já o governador Jaques Wagner lembrou das Bases Comunitárias de Segurança como exemplo de sucesso na redução da criminalidade. “Nós não chegamos como invasores, mas como parceiros. Minha maior alegria é ver as lideranças locais querendo utilizar, por exemplo, os quepes da Polícia Militar, por identificarem os policiais como amigos e não como feitores”.
As unidades policiais que compõem uma Aisp são delegacias territoriais e especializadas, batalhões e companhias da PM, DPT e unidades dos bombeiros.
Contra
A presidente do Sindicato dos Peritos Criminalísticos da Bahia (Asbac), Eleusa de Oliveira, é contra a PDP. “O trabalho dos peritos é baseado em qualidade e isso requer tempo. Com o estímulo, o profissional pode ser induzido ao erro. Temos 347 peritos e o certo seria 2.600”.
O coronel Antônio Jorge Ferreira Melo, professor e pesquisador do Programa de Gestão e Estudo de Segurança Pública da Unifacs, também desaprova a iniciativa. “Isso pode desmotivar os policiais que não baterem as metas e criar um clima de competição”.
Recém-nomeado titular da 5ª Delegacia, em Periperi, o delegado Nilton Borba terá muito trabalho para garantir seu prêmio. A sua área registrou em 2012 a maior soma de homicídios e latrocínios, segundo a SSP: 247. “É um grande desafio e o prêmio é um incentivo. Vou conseguir redução. Talvez não a que espero, mas vai diminuir”, disse ele, que aposta na parceria com a PM para superar a m

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