Com a descoberta de artefato explosivo, tipo banana de dinamite no Presídio Nilton Gonçalves e o princípio de rebelião, o Conselho Penal realizou na tarde desta terça-feira (13), uma reunião com parentes dos internos com presenças do promotor Leandro Marques Meira, representando o Ministério Público Estadual, Dr. Marco Aurélio representando a Defensoria Pública e o juiz Reno Soares, da Vara de Execuções Penais.
Segundo os familiares, os presos sofreram maus tratos durante a revista e a transferência dos mesmos para outras cidades. Dona Neuza Conceição, mãe de detento, disse que o mesmo foi transferido e teria sido espancado durante a revista: “Ele estava em tratamento, teve o maxilar quebrado anteriormente e foi levado para o presídio de Itabuna. Estou preocupada e não sei mais a quem apelar”, desabafou. Outra denunciante, esposa de preso, destacou que o seu esposo apanhou muito durante a revista e que a mesma ouviu gritos de socorro dos presos.
O promotor Leandro Marques Meira disponibilizou o órgão para que os parentes sejam ouvidos separadamente. ‘Precisamos ouvir os parentes um a um, e aconselho que procurem o Ministério Público para que os fatos sejam apurados”, disse.
O Juiz de Execuções Penais Reno Soares, foi claro em afirmar que as transferências dos internos partiram de determinação da Secretaria de Administração Penitenciária e a Corregedoria de Segurança do Estado da Bahia. “Entendo que em um princípio de rebelião a polícia muitas vezes, precisa agir com rigor, mas nunca admitimos excessos. Vamos cobrar em reunião que faremos dia 22, deste mês, que os comandos das polícias que estiveram no presídio, expliquem o que aconteceu no local”, disse.
Para o defensor Público, Marco Aurélio, é preciso que a direção da unidade prisional solicite o exame de corpo e delito, dos presos.
O Presidente do Conselho Penal Marcos Rocha, avaliou a reunião como positiva informando que os órgãos ligados a segurança irão investigar se abusos foram praticados pela força policial.
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