terça-feira, 19 de maio de 2015

Palestra abre o Seminário Municipal de Combate à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes

A menina Araceli Cabrera Crespo tinha apenas 8 anos, quando sofreu diferentes tipos de violência, no Espírito Santo, em 18 de maio de 1973, e acabou falecendo. Mesmo tendo sido presos e julgados, os acusados foram absolvidos e o processo, arquivado pela Justiça.
Nessa segunda-feira, 18 de maio de 2015, exatamente, 42 anos depois, a pergunta que se faz é: quantas Aracelis existem, hoje, pelo Brasil afora? Só para se ter uma ideia, no primeiro trimestre de 2015 foram denunciados, no país, 4.480 casos de violência sexual contra a população infantojuvenil*.
Para fortalecer a rede de proteção às crianças e aos adolescentes de Vitória da Conquista, a Prefeitura realiza até esta terça-feira, 19, o 3º Seminário Municipal de Combate à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, no Cemae. A abertura do evento aconteceu com a palestra da assessora da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia, Irani Lessa, que falou sobre como combater e enfrentar a violência sexual contra crianças e adolescentes.

“Temos dados que mostram como a situação ainda é grave e que apontam para a necessidade de se construir uma rede cada vez mais forte. Momentos como esse servem para dar visibilidade ao fenômeno, aprofundar o debate, aproximar a sociedade do tema e fortalecer a rede de proteção, pois esse é um problema muito complexo que envolve várias políticas e vários autores”, afirmou a assessora. “O que vai nos permitir avançar nesse processo é o trabalho articulado e integrado, ou seja, o trabalho em rede. Vitória da Conquista está de parabéns, não só pelo evento, mas porque a cidade tem sido referência para o Brasil, pois já tem uma rede bem estruturada em relação a outras cidades brasileiras”, avaliou.
Durante a sua palestra, Irani Lessa falou sobre a construção de políticas públicas para a preservação dos direitos humanos de crianças e adolescentes, destacando a necessidade da sociedade permanecer-se vigilante: “à medida que a sociedade se apropria e se responsabiliza também, reconhecendo não ser apenas uma responsabilidade dos Estados, a rede vai se fortalecendo e ganhando consistência”.

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