quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Juiz Federal transforma apostador conquistense em milionário

Sorte natalina. Assim se pode definir a notícia de que o Juiz Federal de Vitória da Conquista, João Batista de Castro Júnior, determinou à Caixa Econômica Federal o pagamento do prêmio do concurso 374 da antiga Loto II-Sena a Gilberto Quadros de Andrade.
A história é rocambolesca e teve um final feliz para o apostador, 16 anos depois: em 1995, Quadros diz ter apostado uma combinação de números numa casa lotérica próxima à sua casa, como habitualmente fazia.
Por ocasião do resultado, mandou sua empregada doméstica pegar os números sorteados, mas ela copiou os de outro concurso, o que fez com que o bilhete premiado fosse jogado fora após conferência. Dias depois, o apostador descobriu que seu jogo fora vencedor. Mas já era tarde. O bilhete fora parar nas entranhas do lixo. A imprensa local e a nacional foram mobilizadas. Ofereceu-se uma recompensa. Várias interessados e voluntários remexeram o lixão da Cidade. Sem êxito. O cartão jamais apareceu, o que motivou Quadros a ingressar com ação contra a Caixa, que argumentou que, sendo um bilhete um título ao portador, sua ausência impedia o resgate do prêmio.

Ainda em 1995, uma Juíza Federal, em Salvador, julgou improcedente o pedido do apostador, que não se deu por vencido e recorreu a Brasília, onde o Tribunal entendeu que deveria ser dada oportunidade para que o demandante apresentasse provas alternativas. Com a criação da vara federal em Vitória da Conquista, o processo foi aí parar em outubro de 2010. Um ano e dois meses depois, o novo juiz entendeu ser ocioso o argumento jurídico de que Quadros não tinha o bilhete, pois, se o tivesse, não haveria demanda – per supuesto, como diriam os espanhóis em boa lógica barcelonense.
As provas produzidas por Quadros pareceram conclusivas ao magistrado: ficou demonstrado, por bilhetes anteriores, que o apostador sempre jogara aquelas combinações em outros concursos; jamais apareceu outro ganhador para reclamar o prêmio nacional; a Caixa declarou que o jogo fora realmente feito naquela casa lotérica em Vitória da Conquista e naquela dita máquina. Bingo! Sorte grande para Quadros, ou melhor, para sua família, porque ele faleceu em 2007 depois de anos de luta judicial. Seus herdeiros agora, se a sentença for confirmada, irão receber a bolada milionária com juros e correção monetária.
Quer saber mais? Para ter acesso ao inteiro teor da sentença judicial, clique no link http://www.ba.trf1.g… e em seguida digite o número do processo: 58620820104013307

IGuanambi via Blog da Resenha

Nenhum comentário:

Postar um comentário